Epic Games vende primeira batalha contra Apple
A Epic Games venceu uma batalha contra a Apple judicialmente nesta semana, sendo proibida de encerrar o suporte do iOS ao SDK do Unreal Engine, a decisão foi tomada pela juíza Yvonne Gonzalez Rogers.
Segundo a Epic, a Apple estava planejando encerrar com as contas de desenvolvedor da empresa dentro da sua plataforma, além de tentar restringir o uso do Unreal Engine por desenvolvedores mobile que trabalham com desenvolvimento para o iPhone.
No entanto, apesar a vitória, uma guerra continua em curso, onde o maior aplicativo da Epic Games, o Fortnite, ainda está banido da App Store, após ter intencionalmente violado políticas da loja.
Segundo a juíza Rogers, a quebra de contrato feita pela Epic causou uma perturbação no “status quo” das empresas, que antes se viam como aliadas e agora se posicionam cada vez mais como oponentes nessa disputa, porém a decisão da Apple é uma medida muito drástica e com consequências muito além da disputa da empresa, que afetam diretamente a vida de centenas, senão milhares de pessoas, que dependem desses sistemas para viver.
Assim, “A Epic Games e a Apple têm a liberdade de litigar entre si, mas sua disputa não deve causar estragos aos espectadores”, argumentou a juíza.
Essa batalha já estava ganha antes de começar, já que a juíza desde o início foi firme na sua posição de proteger os desenvolvedores e preservar o acesso a algo tão importante como a Unreal Engine, que vai além da disputa entre as empresas.
A Microsoft também se pronunciou a favor da Epic Games e da Unreal Engine, que não apenas é utilizada pela empresa, mas também é empregada exatamente no desenvolvimento de jogos para o iOS, sendo ela uma das empresas que seriam afetadas pela manobra da Apple.
No entanto, a decisão da juíza Rogers tem escopo limitado, e visa impedir que a disputa entre a Epic Games e a Apple cause impactos irreversíveis a terceiros.
Assim, uma nova audiência foi marcada para o dia 28 de setembro, quando argumentos mais detalhados deverão ser apresentados por ambas as companhias.
Escritório da TikTok fecha nos EUA enquanto aguarda possível expulsão do país
E ainda no território das grandes guerras comerciais, mas desta vez entre um país e um aplicativo. Nesta semana, o TikTok fechou os seus principais escritórios dentro dos Estados Unidos, após o aplicativo ser banido por lá. Além disso, essa ação foi a ByteDance endurecer a sua postura em relação ao caso.
A atitude de fechar seus escritórios é uma mensagem clara para o governo Norte Americano, que a empresa está disposta a perder aquele mercado todo ao vender a sua divisão nos EUA.
Já fazem alguns dias que a Microsoft e a Oracle estão numa disputa constante para assumir as operações do aplicativo, porém a empresa chinesa não está colaborando de forma alguma com o avanço das discussões.
De toda forma esse será um impacto gigantesco para a ByteDance, que pode perder da noite pro dia mais de 100 milhões de usuários ativos, no entanto, quem realmente poderá sair perdendo desta relação será o próprio Estados Unidos, que vai se colocar em uma relação delicada com a China, que cada vez mais se entrelaça em conflitos comerciais com os norte-americanos.
Os efeitos negativos para os Estados Unidos podem ser na realidade até mesmo imediatos, já que ao fechar as empresas em seu território, a ByteDance estará mandando mais de 1500 funcionários para casa, além de paralisar todas as relações de serviço e parcerias com empresas terceiras, que trabalham na moderação de conteúdos e em serviços administrativos.
Isso sem contar os milhares de parceiros, criadores de conteúdo, espectadores e anunciantes do TikTok, que irão perder acesso a uma plataforma que estava em ascensão.
Em defesa, o TikTok alega que a administração do Trump falhou em expor ou até mesmo decidiu ignorar o fato de que os principais executivos da empresa nos EUA são cidadãos estadunidenses e que seus servidores ficam em Cingapura e não na China.
Vale lembrar que a perseguição de Trump ao TikTok se iniciou após um boicote feito por usuários da plataforma, que inflaram a quantidade de presenças confirmadas para um comício que o presidente iria realizar, fazendo com que seria realizado em Tulsa, onde haviam sido confirmadas 100 mil pessoas, mas na realidade apenas 6 mil delas eram reais, 94 mil foram falsificadas pelos usuários do TikTok, algo que foi bem humilhante para a sua imagem.