Usuários poderão pagar com Pix na Play Store
Uma das novidades mais esperadas pelos usuários do Google Play Store no Brasil é o suporte a pagamentos com Pix, o sistema de transferências instantâneas do Banco Central. Segundo informações, a loja de aplicativos deve receber essa funcionalidade em breve, permitindo que os usuários comprem apps, jogos, filmes, livros e outros conteúdos digitais usando o Pix.
Essa novidade foi compartilhada pelo head de parcerias e games do Google Play na América Latina, Daneil Trócoli, que explicou o funcionamento do recurso destacando que a medida será aplicada com a ajuda de parceiros integradores. Com isso, a empresa norte-americana não atuará diretamente junto ao Banco Central, mas através de mediadores.
A vantagem de usar o Pix na Play Store é que ele permite realizar pagamentos sem a necessidade de um cartão de crédito ou débito, o que pode facilitar a vida de muitos usuários que não possuem ou não querem usar esses meios. Além disso, o Pix é gratuito para pessoas físicas e tem a vantagem de ser instantâneo, ou seja, o pagamento é confirmado em segundos.
Ainda não há uma data oficial para o lançamento do suporte a pagamentos com Pix na Play Store, mas espera-se que ele chegue em breve para todos os usuários do Android.
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Governador do Amazonas quer cobrar de Bezos o uso da marca “Amazon”
Um dos assuntos que tem gerado polêmica nos últimos dias é a intenção do governador do Amazonas, Wilson Lima, de cobrar da empresa Amazon pelo uso da marca. Segundo ele, a gigante do comércio eletrônico se beneficia da imagem do estado, que é conhecido mundialmente pela sua biodiversidade e riqueza natural, sem dar nada em troca.
A ideia do governador é criar uma taxa ambiental para as empresas que usam o nome Amazon ou derivados, como forma de compensar os serviços ambientais prestados pelo estado, que abriga a maior parte da floresta amazônica. Ele argumenta que a empresa lucra bilhões de dólares por ano, enquanto o estado enfrenta dificuldades financeiras e sociais.
A proposta, no entanto, não é vista com bons olhos por especialistas em direito e economia, que apontam uma série de obstáculos jurídicos e práticos para a sua implementação. Além disso, há o risco de afastar investimentos e gerar conflitos diplomáticos com os Estados Unidos, onde a Amazon tem sede.
Para o advogado e professor de direito empresarial da Universidade de São Paulo (USP), Marcelo Godke, a cobrança da taxa ambiental seria ilegal e inconstitucional, pois violaria o princípio da livre iniciativa e o direito de propriedade intelectual. Ele explica que a empresa Amazon tem o registro da marca desde 1994, muito antes do estado do Amazonas ter qualquer interesse no assunto.
“Não há nenhuma relação entre o nome da empresa e o estado. A Amazon escolheu esse nome porque queria ser a maior empresa do mundo, assim como o rio Amazonas é o maior rio do mundo. Não há nenhuma alusão à floresta ou ao meio ambiente. É uma questão de marketing”, afirma Godke.
O economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Samy Dana, também critica a proposta do governador, que considera populista e sem fundamento. Ele diz que a taxa ambiental não teria nenhum efeito positivo para o estado, pois seria facilmente contestada na justiça e poderia gerar retaliações comerciais.
“É uma ideia absurda, que não tem pé nem cabeça. O governador está querendo criar uma polêmica para desviar a atenção dos problemas reais do estado, como a corrupção, a violência e a falta de infraestrutura. Ele deveria se preocupar em melhorar a gestão pública e atrair investimentos, em vez de tentar extorquir uma empresa que nada tem a ver com o Amazonas”, opina Dana.