Olá pessoal, essa é a primeira resenha que eu faço aqui para o TECNOAGE e o filme escolhido – na verdade, uma animação – foi Resident Evil – Vendetta, o mais recente lançamento da Capcom e que não tem nada a ver com a série de filmes da Alice e seus superpoderes.
Para quem não sabe, as animações são feitas em conjunto com a própria Capcom e estão diretamente ligadas aos acontecimentos da série numerada de jogos. Exemplo: Resident Evil – Degeneração – primeira animação da Capcom lançada em 2008 – tem seus acontecimentos encaixados entre os jogos Resident Evil 4 e Resident Evil 5.
O segundo a ser lançado foi Resident Evil – Condenação em 2012, cujos acontecimentos ocorrem entre Resident Evil 5 e Resident Evil 6. Nos dois, o protagonista foi Leon Scott Kennedy, o famoso personagem que começou como um novato em seu primeiro dia como policial em Resident Evil 2 e acabou se tornando um agente especial do governo dos Estados Unidos.
Em Resident Evil – Vendetta, o protagonismo foi tirado de Leon e passado a Chris Redfield, o querido atirador e antigo membro da equipe Alpha dos STARS no primeiro jogo da série, que se tornou um freelancer em Resident Evil Code: Veronica e do Resident Evil 5 para cá, é um membro indispensável da BSAA.
O filme começa com Leon falando sobre sua vida, mas logo em seguida Chris toma a cena em uma missão de resgate. Durante a missão, algumas fatalidades ocorrem e Chris acaba tendo seu primeiro embate com o grande vilão do filme: Glen Arias. Depois de uma batalha entre os dois, sobe o título do filme e é mostrado o motivo de Arias ter feito muito do que fez.
Enquanto isso, em Chicago, a jovem médica de Resident Evil e Resident Evil 0, Rebecca Chambers, agora se tornou uma professora de universidade e trabalha em uma cura para o vírus novo que Arias gerou a partir do T-Vírus original. Em um atentado, todos no prédio que Rebecca está são infectados pelo vírus, mas ela consegue aplicar o antivírus em si antes de ser totalmente afetada por ele.
Chris chega com sua equipe e conseguem resgatar Rebecca pouco antes dela ser atacada por vários zumbis que, segundo é revelado por ela, são capazes de distinguir “amigos” de “inimigos”, algo que ele próprio viu quando lutou com Arias anteriormente. Ela diz que se trata de uma variação das plagas que foram tiradas do culto Los Iluminados e que precisavam de um especialista em plagas para ajudar a deter Arias.
Eis que os dois se encontram com Leon que, a exemplo de Chris em Resident Evil 6, está afogando as mágoas em uma garrafa de whisky. Depois de uma clássica cena de briga entre os heróis que depois se unem por um bem maior, a equipe é formada e eles vão resgatar Rebecca que foi sequestrada por Arias e seus lacaios.
Bom, contei bastante do enredo do filme e evitei spoilers ao máximo, afinal de contas, a grande maioria das pessoas ainda não viu o filme. No entanto, posso dar minha opinião sem correr esse risco, pois ela é baseada no enredo e não é necessário descrevê-lo com detalhes para explica-lo.
Resident Evil – Vendetta é uma máquina de clichês, muitos clichês mesmo, mas aquele tipo de clichê que os fãs dos jogos esperavam ver em uma produção cinematográfica do jogo, mas que só ocorrem nas animações. O filme começa, se desenrola e termina bem, divertindo e emocionando enquanto os eventos acontecem. Os elementos de ação estão presentes, incluindo as manobras impossíveis, mas nada que estrague a experiência de assistir.
O vilão tem um passado bem sólido e suas razões para fazer o que faz são algo com cunho pessoal, diferente das outras animações onde os vilões tinham interesse político ou financeiro em seus planos. A maneira como os protagonistas lidam com as dificuldades que enfrentam também ficou muito bem representada, não descaracterizando os personagens de suas versões nos videogames.
Veredito final: Resident Evil – Vendetta é uma excelente animação e com certeza agradará os fãs dos jogos, mas é um pouco confuso para quem nunca jogou, tendo em vista que elementos como Umbrella, Tricell, entre outros, são citados, mas não são explicados. Levando em conta que o público alvo é justamente o nicho onde estão os fãs, a Capcom acertou em cheio e conseguiu fazer um trabalho melhor que os dois anteriores.