Tencent compra participação minoritária na Voodoo
A empresa chinesa Tencent, acaba de dar mais um passo em direção a expansão do seu império no mundo dos games, desta vez com a compra da Voodoo.
A companhia francesa possui mais de 300 milhões de usuários ativos mensalmente, justamente por ela ser uma desenvolvedora de jogos hiper-casuais para dispositivos mobile.
Nesta segunda, a Tencent acaba de se tornar a acionista majoritária da Voodoo, comprando $1,4 bilhões em ações da empresa.
No entanto, ainda assim, por mais que a Tencent ainda tenha a maior porcentagem da empresa, os seus dois fundadores Alexandre Yazdi e Laurent Ritter, ainda somam juntos mais poder do que a Tencent, o que segundo eles, é o suficiente para que continuem no comando da empresa.
Além disso, a Voodoo também sairá ganhando muito com o acordo, já que a partir da Tencent, eles poderão entrar definitivamente no mercado de jogos da Ásia, que é o maior do mundo.
Para você ter uma ideia, antes do acordo, a Voodoo já participava de uma parcela insignificante do mercado chinês e com isso eles já eram capazes de gerar $428 milhões no ano passado.
Agora com a Tencent ajudando, eles serão capazes de atingir os programas de download chinês não-oficiais, que retém a maior parte do público, fazendo com que eles sejam capazes de atingir 1 bilhão de usuários, mais do que três vezes mais o valor que eles têm atualmente.
A Voodoo atualmente opera com um time de 250 pessoas, com dois terços morando na França e o resto espalhado pelo Reino Unido, Turquia, Japão, Singapura e outros países, mas agora a China se tornou um local de interesse para que uma nova sede da empresa seja criada.
Após punir TikTok e WeChat, EUA quer banir Alibaba
Ainda seguindo na sua Guerra contra os Aplicativos Chineses, o governo norte-americano, a comando do presidente Donald Trump, depois de ter punido o Tik Tok e o WeChat, anuncia que estão discutindo a possibilidade de se banir o Alibaba do território nacional também.
De acordo com a CNN, fontes que trabalham na Casa Branca confirmaram que isso poderá acontecer dentro de alguns meses.
Apesar de não ter sido tão gigantesco nos mercados ocidentais, o Alibaba é o maior conglomerado de comércio eletrônico na China. Isso já é o suficiente para que Washington aponte sua artilharia contra a empresa de Jack Ma.
Washington quer proteger as informações confidenciais e a propriedade intelectual dos estadunidenses, impedindo que dados sejam armazenados em servidores da Alibaba ou da Tencent.
O problema dessas atitudes dos Estados Unidos, é que elas possuem fundamentos um tanto questionáveis. Isso porque, toda a campanha contra o Tik Tok e o WeChat, surgiu depois que o presidente Donald Trump teve um de seus discursos sabotados por usuários do Tik Tok, que inflaram os números do evento, fazendo Trump acreditar que receberia milhares de seguidores, sendo que apenas algumas dezenas realmente apareceram.
Logo em seguida deste evento, o governo americano surgiu com informações que alegavam roubo de dados por parte do Tik Tok, no entanto, não foi uma situação muito diferente da praticada pelo Facebook, que utilizou informações pessoais dos norte-americanos e permitiu a distribuição das Fake News que influenciaram nas eleições que elegeram o próprio Trump.
Assim, é de se imaginar que os ataques as essas empresas possuem mais cunho pessoal do que estratégico por parte de Trump. Já por parte do governo norte-americano, essas são empresas que estão ganhando muito espaço em seu mercado, desse modo estão tentando diminuir a sua influência no país.
A princípio, essas atitudes podem soar como positivas para o governo dele, já que para os seus seguidores Trump estará “livrando os Estados Unidos da influência Chinesa”, no entanto, a situação vai virar completamente de ponta cabeça, quando a China decidir retaliar a atitude dos Estados Unidos, removendo aplicativos deles do mercado chinês e isso vai ser algo avassalador para muitas empresas.
Segundo Alex Capri, pesquisador da Fundação Hinrich, afirma que a intenção dos EUA é “separar ou desacoplar” da indústria da tecnologia. No entanto, caso a China deseje fazer o mesmo, removendo a Apple, por exemplo, fará com a empresa tenha uma queda superior a 30% do seu lucro total no ano e isso é apenas uma empresa.
Assim, imagine o estrago que Trump poderá causar na sua própria economia caso a China decida remover também as principais empresas dos Estados Unidos em seu território.