Apesar de estar disponível nos Estados Unidos e alguns países da Europa há certo tempo, a quinta geração de redes móveis (5G) começou a ser liberada no Brasil apenas este ano após a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ter finalizado o leilão da tecnologia para as operadoras Claro, Vivo e Tim, que levaram a frequência de 3,5 GHz.
Por aqui, os consumidores brasileiros podem utilizar três modalidades distintas do 5G implementadas pelas companhias de telecom em cada região. Essa categoria se divide em 5G SA, 5G NSA e 5G DSS, cada uma contando com um diferencial que traz características ímpares que devem ser conhecidas pelos usuários a fim de explorar o máximo dessa conectividade.
Diferenças em cada versão
5G SA
Iniciando pelo 5G Standalone, essa versão também é conhecida como 5G “puro” por utilizar todo o espectro de 3,5 GHz para a nova geração, enquanto outras opções podem compartilhar essa banda com mais gerações. Essa opção é a mais completa possibilitando navegar com internet móvel de ultravelocidade e baixa latência.
Conforme mostram testes, o 5G SA consegue atingir até 1 Gbps de velocidade com atraso entre 1 e 10 ms se destacando pela estabilidade e performance. Essa modalidade está presente em algumas capitais do país — como Brasília, São Paulo, Curitiba e Brasília, por exemplo — sendo a opção de maior potência entre os três.
5G NSA (non-standalone)
O 5G NSA, por sua vez, compartilha a infraestrutura de rede com o 4G para autenticar alguns registros, logo, se trata de uma versão “impura” da quinta geração. Embora também consiga alcançar altas taxas de download e upload, o 5G non-standalone possui desempenho inferior se comparado com o Standalone principalmente na latência.
Em suma, essa versão é o “4G Turbinado” com alguns aditivos. Alguns modelos de smartphones podem ser compatíveis apenas com o 5G NSA ou 5G DSS, por isso é importante consultar essa informação no site do fabricante antes de adquirir o aparelho, pois ele pode não funcionar como o esperado.
5G DSS
Por último, também há o chamado 5G DSS (Dynamic Spectrum Sharing, ou “compartilhamento dinâmico do espectro”, em português) que é a versão menos potente entre os três e compartilha toda a rede do atual 4G, isto é, clientes 4G e 5G serão conectados na mesma infraestrutura oferecida pela operadora.
Ao contrário do 5G NSA em que apenas uma parte do ecossistema é compartilhado, na versão DSS todas as antenas e demais equipamentos são usados pela operadora integrando totalmente a operação do espectro.
5G no Brasil: quando chega para todos?
Segundo o Gaispi, grupo responsável por migrar o sinal da banda C para a banda Ku, é esperado que todas as capitais brasileiras ativem o 5G até o dia 28 de outubro, prazo que foi adiado duas vezes após a Siga Conectado, Entidade Administradora de Faixa (EAF) criada pelo consórcio de teles campeãs do leilão, não conseguir liberar a faixa.
Para os demais municípios é esperado que a nova geração seja totalmente disponibilizada até 2025 considerando os dados do edital do 5G , documento que prevê o avanço em 2023 para cidades com mais de 500 mil habitantes.